Olá minhas minhas amigas da pracinha,hoje eu estava recordando da minha infância e resolvi contar a estória da minha pracinha de estimação kkkkk.
Eu nasci numa cidadezinha do interior de São Paulo e como não podia ser diferente ,existe uma igreja matriz e antes de chegar na igreja existia uma pracinha,a escola que eu frequentava ficava em frente,mas eu não atravessava durante a semana,apenas aos domingos,pois a igreja ficava do lado oposto da escola.
Por sermos uma familia muito humilde e numerosa ,nossos passeios semanais se resumiam a ir á missa todos os domingos ás 20.00hs,mas criança não tem paciência de assistir missa de adulto,então ficava toda hora perguntando se já estava acabando e minha mãe discretamente colocava a mão embaixo do banco e me dava um beliscão kkkkk eu chorava alto pra que ela ficasse sem graça e ela dizia que era a última vez que ela me levava á missa , mas no próximo domingo estávamos lá novamente kkkkkkkkkkkkkkkkk mas o bom era a ida e a volta porque atravessávamos a pracinha,aí meus olhos brilhavam,lá funcionava a rodoviária,uma lanchonete,havia uns engraxates e no meio da praça uma fonte luminosa,que enquanto jorrava água ela ia mudando de cor seguindo o ritmo de musica clássica,havia carrinho de pipoca ,crianças passeando e nós queríamos brincar,correr por aquilo tudo,mas minha mãe não deixava,eu argumentava,chorava ,pedia pra que ela sentasse num dos bancos,então ela explicavaque aquelas mulheres que ficavam sentadas nos bancos eram mulheres da vida que ficavam ali esperando por uma companhia masculina prá conseguir dinheiro fácil ( ela não era tão fina com as palavras kkkkk ia logo no popular ) e como minha mãe era jovem e viúva,não ficava bem pra ela.
Me lembro com carinho de tudo isso ,cresci atravessando a pracinha pra ir á missa,mas não tinha o mesmo encanto ,já era mocinha e não podia mais correr e brincar como antes eu queria ,uma noite na volta da missa havia uma senhora na pracinha vestida com uma roupa de lycra rosa choque e me chamou a atenção,porque na cidade as pessoas não usava nem short ,ela me encarou e me xingou perguntando se eu tava de olho no homem dela,dei risada e me lembrei das sábias palavras da minha mãe,apesar de tudo era um lugar de diversão kkkkk.
Bom,espero que tenham gostado da minha pracinha de infância que hoje eu poderia até frequentar com o meu neto ,mas não teria a mesma inocência da infância. E vocês tem algum lugar que se lembrem com saudades como eu da minha pracinha de estimação?